cindy cat ao vivo no "PFM"



ontem havia lançamento de cd novo.
diz que sim que era no lux.
chegado ao recinto de dança/plateia a multidão já era gande.
nós os quatro eramos pequenos.
furámos de lado bem à "zé tuga" e arranjámos um espaço generoso em que cabiam pelo menos 8 pessoas.
com o chegar da hora apertam-se as pessoas e o espaço para 8 passa para 2 apertadas mas a convite dado não se olha o dente.
começa tudo a saltar (bem... eu não... porque torci um pé na noite anterior mas...)
e começam duas figuras a furar.
uma era o sujeito A (acima retratado). um já menos jovem pseudo freak/indie/hype acompanhado pela sujeita B (acima retratada). uma moça de idade indefinida com ar anorético.
continua o concerto e a sujeita B (que se meneava, e passo a citar algém ao meu lado que não vou dizer o nome mas que tem um blog com o nome de um dedo que começa por Po e acaba em legar: "como uma gata no cio" ao que eu sugeri a clássica pílula quinzenal dada às gatas que se encontram no mesmo estado.) resolve soltar o cabelo para alegria do sijeito A (individuo que se encontrava com ar de quem tinha tomado 5 pastilhas de ecstasy feitas com farinha mas que estavam a "bater" na mesma pois os olhos esbugalhados, o sorriso parvo e o suor não enganam.).

mas sabendo nós (e tendo como contexto toda a polémica das caricaturas do maomé...) que a liberdade de uns colide com a dos outros a alegria do sujeito A em ver a sujeita B de cabelo solto foi inversa à minha.

Para perceberem melhor imaginem que estão naquele spot em que entre ombros e cabeças se consegue ver o palco (a rapaziada e raparigada pequena percebe do que estou a falar).
que até estão a gostar da música.
e de repente vos plantam o Parque Florestal do Monsanto (PFM) mesmo em frente da cara.

é incómodo... é desagradável... há que dizer com dureza e de forma rude... bolas... caramba... que chatice! (ponto de exclamação e tudo)

a partir deste momento o concerto passou a ser um sucessão de encontrões, cotoveladas, ramos... perdão, cabelos espetados na cara.

o concerto foi muito bom apesar da falta de energia a meio. a participação do JP (ex: belle chase hotel) foi genial. a de gomo impecável. mas o parzinho, sujeito A e sujeita B, fez-me repensar todo o meu apoio a causas tão nobres como a liberalização das drogas e o abate de árvores na amazónia.

Nota: amigos ambientalistas se lerem isto desculpem lá a história do abate de árvores mas para me redimir sugiro que tentem arranjar o contacto da senhora pois se ela cortar o cabelo dá para replantar toda a área ardida de portugal nos últimos dez anos...

4 comentários:

Anónimo disse...

adendas ao teu relatório da situação:
eu acho que o homem era tudo menos indie/hype... faltava-lhe a crista da moda, os furos, os ténis e tinha um casaco de pele bem foleiro que aponta largamente para um pseudo-wannabe que não sabe bem o que está ali a fazer, mas diz que o lux é bem de se ir, e que cindy kat é bem de se ouvir. diz que a gaja há-de gostar porque diz que isto é programa de gente da moda, das revistas e tudo, pode ser que facture. (escarrar no chão e alisar a crina).
a anorética não tinha cabelo, tinha uns fiapos secos mal amanhados, que de tão crespos, volumosos e compridos obstruíam toda a visibilidade possível, ao que ela ajudava meneando a cabeça para trás na tentativa (estou convencida) de vazar uma vista a alguém, com o efeito secundário de seduzir até à baba o suíno que a acompanhava. além disso resolveu despir-se e deixar à mostra a mais refinada selecção de renda creme a saltar para fora do top. grrrau.

e não, ela nunca tinha saído à rua antes, porque apontava várias características de comportamento social típico destes casos: era inconvenientemente mal enjorcada (abanava-se, de facto, como uma gata com o cio - rabo espetado para cima e tudo, "venha quem vier atrás que leve comigo, porque a mãozinha do meu suíno tá mesmo no sítio onde requebra e tenho de agitar") e não sabia estar num sítio público cheio de gente a assistir a um concerto: mantinha uma distância de 50cm dos senhores da frente (não há cá misturas) mas obrigava-nos a todos a ficar ensanduichados entre o seu farto pretexto de cabeleira e os desgraçados atrás de nós.
além do mais, ouviste-a queixar-se de que era incómodo ter tantas cabeças à frente (!)... ele há gente muito estúpida. perdão: socialmente inadaptada.

pois que resolvemos o caso, não foi meu caro?, de cotovelo espetado para a frente nas costas de quem se aproximasse, gritos colocados com a melhor técnica teatral e assobios estridentes, ambos direccionados a certos ouvidos e, está claro, cigarro em riste. há uma certa melena que estará hoje mais crespa ainda e um certo casaco foleiro que terá de ser trocado... ;)

mas o som... maravilhoso, não foi?

Anónimo disse...

pois que ele há comportamentos que pura e simlesmente deviam ser proibidos em espaços e actividades como esta. Como por exemplo a permanência à frente da multidão de pessoas acima do 1,60m e os PFM que andam para aí a abanar o capacete para ver se ainda levam alguma coisa pa casa! não há direito. Os baixotes deviam ter prioridade, pronto.
All in All... o som acabou por compensar o bocado e a boa companhia ajudou a animar. E ainda deu direito a umas gargalhadas valentes porque reparem: o senhor teclista....... ao que parece não tem dentes! O que não diminuí em nada a qualidade da banda, que têm sabor a uma espécie de nova encarnação dos sétima legião. E que bem que me souberam ontem! ;)

Anónimo disse...

há gente mesmo muito parva que não sabe mesmo comportar-se em público, mas deixa lá sempre viste e ouviste o novo album dos cindy, e ao vivo e a cores! coool!

Anónimo disse...

Opá...a tua estória está mesmo bem contada. Ainda mais com as adendas das duas gentis senhoras que te acompanharam. Nota 20. Em relação à situação em si...Au contraire, mi amigo. Assim ganhaste um post!!!