ensaio geral

ontem tive o último ensaio.
é de substituição, diz o encenador, não custa nada.
o problema é que ontem falhou o texto, falharam as marcações, os sapatos cairam, fiquei baralhado com a personagem principal (mas também quem não fica?).
dizem os entendidos da matéria que o ensaio geral tem de correr mal para o resto ser melhor.
acho que vou ter uma linda carreira no teatro tipos.
ai...

polônio-210

a minha vizinhança suburbana foi toda envenenada com polônio-210, ou serão iluminações de natal em excesso?

maizine



nos idos de 2002 surge-me a ideia de uma webzine.
o meu gosto particular por coisas antigas faz o trocadilho.
algum trabalho de pós produção digital depois o logo estava pronto.
tenho pena de nunca o ter usado.
fica aqui a memória.
R.I.P.

MUITO OBRIGADO



venho aqui agradecer a todos os que me ajudaram a tornar possível fazer uma surpresa.

a ti simão, pela forma como me obrigaste a aceitar guarida quando falava contigo no messenger.
a ti luís, que pela segunda vez em menos de 6 meses nos acolhes em tua casa, de sorriso aberto, generosidade sem fim e de puff sempre disponível para mais uns saltos. que fizeste a cabeça em água à aniversariante e a despistaste com pinta de profissional.
a ti de novo simão e à tua célia, que sem nos conhecer nos receberam e nos fizeram mesmo sentir em casa. as conversas até de madrugada. os jantares sem fim. o jantar de aniversário. os programas na rtp i. as anedotas que acaavam invariavelmente ao som de uma bateria (lol).
ao jorge, que conhecendo o simão mas nem fazendo ideia de quem seríamos, se disponibiliza a encontrar-se na estação de comboio da disney às 10.30 da manhã de gorro azul. só no fim percebo que foste de propósito nos fazer entrar nesse mundo de sonho, pois a seguir ias para a universidade.
não tenho muito jeito com as letras e peço desculpa se me esqueci de alguma coisa.
mas mais uma vez obrigado a todos.
muito, muito obrigado.
espero um dia poder fazer o mesmo por vocês.
não me vou esquecer nunca.

desatino

que toda a gente ache o trabalho criativo ou artístico brincadeira.
é trabalho MERDA!
estuda-se.
demora tempo.
merece ser pago.
vivemos na era do cifrão.
o conceito de "mais-valia" já não é léxico de comunista.
as empresas vivem disso.
as instituições ganham com isso.
mas quem executa, não consegue viver disso e sofre as consequências.
pagam mal... quando pagam... e os prazos são sempre impossíveis.
e no fim os louvoures são para a "empresa" e "instituição" que fez o favor de pagar pela mais valia que tem.
paga-se a médicos, bancários, funcionários públicos, carteiros... etc...
ao trabalhador criativo dá-se esmola.
ao coitadinho que até estava sem dinheiro.
ao incapaz que não consegue manter o dia a dia porque não usa fato e gravata.
ao herege que faz o que gosta.
ao que tem prazer no seu trabalho.
será esse o pecado de ser um trabalhador criativo.
..da-se!!!!!!!!!!!!!!

tenho a mania que tenho muitos talentos

e sendo assim tb tenho a mania que sei fazer BD's.
resolvi passar ao papel todas as minhas "reuniões de trabalho" em que ouvi as coisas mais incríveis com o ar mais sério e profissional possível.
o meu grito de revolta para com o sistema em que me encontro mergulhado.
(esta teve um sonzito revolucionário heim???)

quanto aos desenhos, não sou nada dotado. mas esforço-me e para mim é mais uma aprendizagem.
os 3 exemplos freaks abaixo, foram publicados noutro blog que está sempre a mudar.
e vai mudar mais uma vez.
vão dar uma espreitadela e se gostarem digam qualquer coisinha.

atira-te ao chão e levanta-te é o seu nome.

só espero não ser alvo de plágio. que é coisa que me irrita de sobremaneira.
mas isso seria outro post.





novo amigo

nos dias que correm tenho muito tempo entre mãos.
e esse tempo é gasto entre tentar fazer um site novo para um espectáculo que me está a pôr os nervos em franja, umas idas e vindas a Lisboa e pouco mais.
passo os dias a ouvir rádio e a debater-me com actionscrpt e quejandos.
mas um dia chegava a casa e dei de caras com o bruno.
tinha dois capacetes debaixo do braço e o sol brilhava.
o bruno meteu logo conversa.
tem 3 anos, um avô que lhe carrega a bicicleta porque ele a acha "gande e pusada" e uma vontade de falar que só é impedida pela lingua atabalhoada.
falámos durante cerca de 20 minutos e fiquei a saber muita coisa.
um camião teve um acidente quando o pai metia gasolina.
ele não consegue pedalar a bicicleta.
gosta do meu capacete.
que também tem um capacete para a bicicleta mas que não sabe onde está.
que quer ir à escola mas não o deixam porque é pequeno.
que foi levar o euromilhões.
que a avó demora a atender a porta.
no fim despediu-se com o olhar nos capacetes e pela mão do avô vai rua acima até ao parque "bincar com os otros mninos".
até logo bruno.
até logo avô do bruno.

a mãe de todas as estratégias de guerra



como toda a gente sabe, os jogos de guerra são um elemento importantíssimo na propaganda militar de qualquer país invasor.
ensina-se a guerra e competitividade como coisa normal, para que a violência não seja estranha aos combatentes.
foi descoberto recentemente em documentos da torre do tombo, que os estrategas das descobertas portuguesas inventaram o primeiro jogo de guerra conhecido: a sardinha
encontram-se anotações sobre esta actividade em muitos escritos militares portugueses datados do séc XIV em diante.
exemplos são: "sardinium em X licções" de autor anónimo e "tratadus de cuura de maleitas deccorrentes da nobre practica do sardinis bellicus" tb de autor anónimo.
a pequena história diz, que o próprio tratado de tordesilhas, foi resolvido entre os reis português e espanhol numa disputada "peleja de sardim-nha que fou vencida por ua unha negra que sua magestade, el rey de portugal e algarves, cultivava no mindinho de sua mão esquerda, por graça de nosso senhor."
existem também, sobejas provas que este jogo de guerra foi passado de geração em geração pela "irmandade da unhaca", nobres pessoas que à custa da sua vida privada e da sã convivência com os seus pares deixa crescer no seu mindinho a lembraça viva de tal victória.
esta imandade mantém a tradição de reunir nos primeiros calores estivais a comer sardinhas e bebendo minis, uma clara alusão ao tamanho das unhas do rey espanhol.

mas todo esta verborreia histórica advém do facto que encontrei um endereço na "grande teia global de informação", vulgo net; onde podemos recuperar as tradições ancestrais do sardinius bellicus.
é um jogo construído por anglo-saxões, por isso perdendo o jogo algum cariz folclórico, a nomear: o uso de linguagem vernacular, aerofagias e libertações orais de excesso de muco; vulgo caralhadas, peidos e cuspidelas.
enfim, é um jogo para meninas mas dá para passar o tempo e relembrar o tempo em que portugal foi grande.
em território e unhas.*

*n.a. todas estas informações são o mais puro delírio de mim mesmo. pelo facto peço desculpa. desculpem. tá?

cuequinha



cada vez que vejo uma revista, masculina ou feminina, que tenha um editorial de moda sobre lingerie de senhoras, uma pergunta me assalta o espírito:
porque todas as modelos de roupa interior puxam a cuequinha ligeiramente para baixo?
será porque a cuequinha faz comichão?

senhores produtores de cuequinhas, metam os olhos nisto.
é um sinal de desconforto.
não anuncia uma disponibilidade física da mocinha para actos menos púdicos.
mostra que os vossos produtos são incómodos.

kinder & peranix

de volta ao mundo dos vivos, depois de 3 longos meses de ausência no fascinante e glamouroso mundo da produção televisiva, dei por mim a ter tempo para ver televisão de novo.
posso rever com saudade, pérolas da pequena caixa como os programas matutinos ou vespertinos de carácter popularucho e "didáctico", posso ver séries como o CSI ou o Dr. House (que ontem terminou), posso ver as pistas da blue, o zip zap, o quem quer ganha, o lingo, os morangos, a flor, a sociedade civil, os jornais da noite, telejornais e quejandos, posso ver o prof. josé hermano saraiva, e até a publicidade.
e entre coisas boas e más vou destacar... tcha-ran... a publicidade (pq já não há pachorra para bater nos morangos e na floribela...)
e nesta categoria destaco dois anúncios que me provocaram pesadelos e dores de estômago ao final do meu serão de ontem: o kinder pinguí e o peranix.
a grande tradição da ferrero em portugal em péssimos anúncios foi mantida com este spot pubicitário que anuncia uma alternativa, e passo a citar, "fresca e moderna" às sobremesas tradicionais que, e cito de novo, "agrada aos jovens".
meus senhores da ferrero,
OS JOVENS QUEREM É BEBER 10 BEJECAS, 12 SHOTS, 3 MOJITOS E CAIR PARA O LADO BÊBADOS. OS JOVENS QUEREM TER SEXO DESDE OS 10 ANOS.
OS JOVENS QUEREM UMA PSP, UM PORTÁTIL E UMA MESADA DE 500€ PARA GASTAR EM TOQUES DE TELEMÓVEL DO PEIDORAP, DOS MORANGOS E EM IMAGENS SEXY DE SENHORAS DESNUDAS EM POSES PORNO.
acreditem... eles não querem o vosso chocolate com um pinguim fofinho estampado, cheio de cálcio e vitaminas, se não o puderem molhar no vodka ou fazer em pó para snifar.
senhores da ferrero, antes preferimos a tensão sexual da madame e do ambrósio.
isso sim era um spot educativo sobre a opressão das classes trabalhadoras (pois o ambrósio além de chauffeur, era pintor, servente de copa e com certeza vítima de assédio sexual por parte da senhora capitalista de chapéu...)
mas para terminar o meu serão, e ainda a digerir o pinguim, vejo algo que me põe KO.
o produto chama-se peranix.
a função: livrar as crianças de piolhos.
até aqui tudo bem, quem não se lembra da cara jovial do rapazito que vinha impresso na embalagem de quitoso?
mas os senhores do peranix vão mais longe, mostram um pente acabadinho de usar numa menina. esse pente vem cheio de cadáveres dos pobres parasitas e em voz off, um senhor de voz institucional informa: "o peranix sufoca os piolhos e lendêas...".
hello????
alguém diz na TV que o produto que colocamos na cabeça dos petizes tem o mesmo efeito do gás mostarda nas trincheiras da primeira guerra mundial, sufocando os piolhos até à morte?
acho que entre o pinguin "fresco e moderno" e os piolhos "esganados" venha o diabo e escolha.

vou ler um livro...

"testosterona" ou "os dias de hoje"

em sequência deste post da polegar, gostaria de fazer uma actualização de um antigo provérbio.

de: "A mulher e a sardinha, quer-se pequenina."

para: "A mulher e a consola play station portable, quer-se pequenina."

ou: "A mulher quer-se comprida, magrinha, com 20% do corpo em silicone ou botox, que vomite depois de cada refeição de meia folha de alface, que esteja inscrita em pelo menos 4 agências de casting como modelo/actriz, tenha aparecido pelo menos uma vez numa revista (da maxmen à lux, passando pela nova gente e ana mais atrevida), tenha feito uma aparição como público de um dos seguintes programas à escolha: A) ABSEXO, B) Fiel ou Infiel, ou C) Fátima Lopes - Está na Sic o Mundial; e que não faça muito barulho, porque a malta depois do sexo não gosta de muita conversa." ahhh... "p.s. : e que não tenha celulite pois os homens não gostam, como reza aquele anúncio de bom gosto que povoa as ruas de lisboa e as páginas das revistas femininas."

cuspidela no chão, enquanto coço as entre pernas e limpo a cera do ouvido com a unhaca do mindinho, enquanto me dirijo de cabelo seboso, camisa às riscas de punhos e gola branca, no meu mercedes SLK amarelo para a Kapital.

primeira graça





esta foi a minha primeira animação em flash.
era um exercício de layers e assim...
havia as tradicionais bolinhas e quadrados dos meu colegas.
a mim deu-me para isto.

...


porto . 30.4.2006

Hoje não vou trabalhar.
Hoje vou atar pontas soltas para começar um novo ciclo.
Hoje vou ter um dia diferente.
Hoje já foi ontem.
Hoje já foi ontem demasiadas vezes.
Hoje espero que seja diferente.
Hoje espero que não seja um dia a repetir.
Hoje não vou trabalhar.

o último



este foi o fim de mais um ciclo.
mais uma vez estou de braços abertos para o mundo.
este foi o último.
até ao próximo.

as manteigas


adega do tagarro . lisboa. 10.6.2006

a pedido de várias famílias, aqui está mais um desenho.
oito bloggers em volta de uma mesa de jantar.
algures por ali uns cigarros, copos, talheres, pratos e travessas.
uma cachopa irritante de máquina fotográfica, a "cegar" toda a gente com o flash!!!!!
o jantar foi bom, a companhia melhor e a conversa estupenda.
a conta, contudo, foi amanteigada.

bus - londres - 6.5.2006





quem não tem cão caça com gata.
passo a explicar.
esta pequena sequência animada, que parece saída de um telemóvel 3G, não é um vídeo.
é uma animação flash de uma série de fotografias.
tipo... animações checas com alfinetes, que o Vasco Granja passava (para nosso desespero...) antes do Tom & Jerry.

IV



ontem saiu isto.

a máscara



ontem viram-me assim.
mas cinzento e mate.
velho sábio, sem brilho e escondido.
eu acrescentava: um pouco agressivo.
ninguém concordou.
é curioso como as pessoas nos vêem.

ocupação


porto . 29.4.2006

decoradores de rua.
poetas de ocasião.
verdades cruas.
expressão livre.
irracionalidades.
racionalidades.
fazer da rua uma galeria é ilegal.
fazer da rua uma galeria devia ser um direito.

ver: banksy o homem que é famoso por acidente.

teatro da luz


teatro da luz . lisboa . 15.5.2006

já não via o céu daqui à algum tempo.
já lhe sentia a falta.
de gente "amiga".
trabalho de alma e de corpo.
descobrir novos limites.
está a fazer bem à alma.
obrigado pelo presente.

"tube"



todos os dias lá estava o 149. do "gueto" para liverpool street. mas para chegar ao centro ainda faltava o metro. o metro de londres é lendário. grande, vasto, histórico, com marcas recentes de violência. tem a tradição de funcionar bem e ser seguro.
não foi o caso esta semana. raro era o dia que não se liam as infâmes frases: "major delay, engeeniering works ou a pior de todas, MIND THE GAP". o metro não estava atrasado, arrastava-se. parava por qualquer coisa. as linhas não funcionavam. os londoners desesperavam e os turistas também.
mas só se conhece uma cidade sofendo na pele o que os locais sofrem. fiquei solidário com os londrinos.
e já estou com saudades das vozes nos altifalantes a dizerem que a circle line estava atrasada. dos chocolates na estação e da ginástica mental para chegar london bridge ou a liverpool street.
de londres no seu todo.
da gente.
de tudo.

gueto


east-end . londres . 1.5.2006

prometeram-me um gueto à chegada.
ia de mochilas às costas no "free bus".
(coisa de tuga ir de autocarro sem pagar... :) )
cheguei lá e não parecia muito.
será de eu ter vivido a vida toda num subúrbio?
mas as ruas eram limpinhas.
a população era multicultural mas não parecia agressiva.
e as casas tinham um aspecto industrial de sec. XIX mas para o limpinho.
no quarto/sala/atlier (recentemente aspirado e ainda com restos de uma festa de anos pelo tecto) havia uma cama de casal com cobertores, um edredon e na almofada flores de plástico e sugus.
lindo.
a vista da janela era para uma cidade viva.
mas foi uma desilusão.
não havia tiros, marginais ao pontapé, rusgas policiais e afins.
só o que o desenho mostra.
fui enganado.
quero o meu dinheiro de volta.

obrigado S., R., M., C., A. e aos 2 peixes sobreviventes.

foi um semana e tanto.

# 11

Devido a problemas de spam volto a republicar este post com os respectivos comentários.



sempre tive pavor de motas.
aprendi a andar de bicicleta aos 21 numa pasteleira pequenina cor de rosa.
a segunda vez que peguei numa bicicleta fiz 8km em duas horas!
um mês depois fazia o mesmo caminho em quinze minutos.
chegado aos 25 fiquei sem o meu carro.
malditas sejam as inspecções períodicas obrigatórias.
andei de metro, comboio e autocarro.
um dia na galhofa com um colega de trabalho perguntei-lhe se vendia a mota dele.
nããããããããããã... responde ele.
avisei-o: se a venderes é para mim... mais gargalhadas...
entretanto em trabalho conheci pela primeira vez a Elisabete Jacinto.
aprendeu a andar de mota muito tarde e ia fazer o dakar pela primeira vez.
...
meses depois o meu colega perguntou-me: sempre queres comprar a mota?
ahhhhhhhhhhh... sim.... respondi.
comprei com a condição de ficar na garagem dele até tirar a carta.
demorou 4 meses...
tinha 27 anos.
já com a carta tive de esperar 2 semanas para a poder conduzir pois dinheiro para o seguro ainda não havia.
o capacete custou 3.000$00 numa loja obscura da baixa e era um tamanho acima do meu.
ao segundo dia apanhei uma chuvada.
era dia 1 de agosto!
desde aí é um vício quase diário.
uma necessidade de deslocação que é um prazer.
dei duas quedas entre as duas motas.
uma para cada.
pesadelos.
medos.
mas quem me diz que consigo deixar de andar de mota?
faça frio, faça calor, faça nevoeiro ou muito vento, lá ando eu.
com chuva tento evitar.
mas nenhum objecto me fez rosnar entre dentes "i'm the king of the world..." (à lá kevin sapcey na beleza americana e não como o outro bonitinho do barco...) como a velha e estoirada laranja de escape esburacado e ferrugento.
agora está parada, coberta de panos numa casa no sul do país à espera de alguns euros valentes para a meter a andar de novo para meu prazer e alegria.
veio a outra.
preta, cromada, uma clássica.
o meu punto de luxo com ar condicionado natural e amigo do ambiente, que me faz furar as filas do subúrbio para a capital.
a minha liberdade e alegria na estrada.
o receio continua, mas o sorriso maior a cada vez que dou ao botão e o motor começa a tremer.
cada vez que os pés deixam o chão num vôo raso entre espelhos e caras cinzentas dentro de caixas de metal.
estou viciado e só recentemente percebi uma coisa.
sou motard.

p.s. a definição de motard seria um outro post. isto pq a palavra me cria sempre engulhos.
________________________________________


1. colher de chá on 1:24 AM
e ser um motard afinal significa o quê? que gostas de motas, que as usas, que não as trocavas por nada, que te dão a liberdade que precisas ao fim do dia? óptimo, tb quero ser motard. mas de vespa, q as acho uma delícia. :)
és um motard de categoria. vestes de preto mas tens estilo. o teu casaco fica-te a matar e o capacete é um requinte. adoro.
ahh o desenho tá lindo. pareces mesmo tu!
2. B. on 12:24 PM
A minha paixão começou bem mais cedo (acho que mesmo antes de começar a andar pelo meu pé, dizem os mais antigos!) mas também nunca passou!
As quedas já foram mais que duas e umas deixaram mazelas até hoje, mas também não foi isso que amainou a "chama da paixão". Sei perfeitamente do que falas e o teu post fez-me borboletas na barriga!
Vicio? é provável!

Um grande beijo desta viciada de ressaca!!
B.
3. polegar on 5:48 PM
passei anos a ver passar as bicicletas na praceta. davam-me boleia às escondidas da minha mãe para dar a volta aos carros estacionados no centro. eu voava sentada no ferro da bicicleta branca da Paulinha. aprendi a andar (mais tarde que a maioria dos meninos) num jardim fechado, num pequeno caminho entre relvados em que mal dava para apanhar balanço ou fazer uma curva. com as mãos dos meus pais a darem-me mais medos. olhava pelo portão e queria fugir, mas não deixavam por causa dos carros. depois desisti de andar, porque ali não. a minha irmã aos 3 anos recebeu uma Honda R a bateria, toda "croma", de plástico, igual às originais mas com rodinhas. eu espremia-me com os meus redondos 9 em cima dela. depois desisti porque já não cabia. foi para a minha prima, que lhe deu uso nos grandes descampados da sua quando a minha já tinha ferrugem e eu mais que idade para estrebuchar, saí para a rua pela primeira vez, até ao largo da feira. voltei e desisti. sempre quis andar de mota. viajei sempre à pendura, dependente da sabedoria e da vontade dos outros. uma vez tentei andar. tirei os pés do chão e fiz o sorriso parvo do costume. usei um bólide como se fosse uma acelera, mas ganhei confiança. até que fui parar ao chão e desisti. só porque não era minha para estragar. aguardo o meu momento... e o recente acontecimento de perder o carro é um chamamento à tentação. mas por enquanto o vento na cara chega-me. quem sabe um dia...
4. macaso on 10:08 PM
Eu tive uma vespa...fantástica. Tive um grande amor que nasceu da tentativa da compra de outra mota, uma 125. Depois o amor passou e a vontade de andar de mota também. Hoje deu-me mesmo vondade de andar, andar muito, continuar, sempre, sem parar. Tinha que ser hoje, tinha que ser.
5. miak on 10:36 AM
Também tenho medo...do escuro e de andar de mota...

Mas o ruído...e especialmente o vento...trazem-me serenidade...

Na liberdade, liberto-me do medo...

Estou a tentar mudar de casa. Podia parecer lógico ter todo o tipo de preocupações. Que o Banco não aprove o crédito, que os juros aumentem, blá, blá...

Mas o meu maior desejo...é que esta nova aventura não me obrigue a vender a mota!!!
6. mill on 4:40 PM
:)
sorri tanto!!!!

tb gosto muito mas já c a carta tirada, continuo c a minha menina sky à espera de verba p uma q me permita viagens mais longas

lá chegarei, espero :)
7. espanta_espiritos on 4:08 PM
colher de chá: força boneca de vespa :D

B: quando quiseres matar saudades é só pedir uma boleia :)

polegar: devagar se vai ao longe. continua a tentar. um dia quem sabe se não fazemos umas corridas :P

miak: não sei se consegui vender nenhuma delas... espero que não o faças... bolas... :(

mill: boas curvas com a sky e obrigado pelo comentário :)

mae

Devido a grande quantidade de spam, republico este post com os respectivos comments.




tem 2 filhos.
recém viúva.
cava no quintal.
planta paus. nascem flores e árvores.
cria galinhas que não consegue comer.
cria os pássaros frágeis que nas mãos dela ficam fortes.
fez a 4ª classe já tinha cabelos brancos.
chora em frente da campa da mãe e do pai.
senhora do seu nariz.
descobriu a ginástica aos 65.
vai à piscina duas vezes por mês.
sempre consegui tocar com as mãos nos pés apesar do peso a mais.
nunca se dobra pelos joelhos como o médico aconselhou.
rejuvenesce quando está na aldeia.
cada vez em menos paciência para a cidade.
vê duas novelas por dia e diz que já são demais.
frequenta as sessões de esclarecimento da junta de freguesia.
reclama com o presidente da câmara cada vez que há campanha.
fez 66 anos dia 13 de janeiro.
é a minha mãe.
digo-o com orgulho.
mas gostava de a saber descrever melhor.


1. polegar on 12:37 AM
como melhor...? de te ouvir falar na tua mãe de água nos olhos qualquer um sente a palavra mãe cá dentro a bater mais forte. beijo
2. pinky on 2:10 AM
uma mulher de fibra! parabêns á mãe, que conte muitos e bons sempre com essa energia e determinação, e parabêns ao filho que está cheio de sorte de ter uma mãe assim!
3. vera on 8:34 AM
a mim também me parece não haver forma melhor do que esta.há algo que se esgueira da imagem, mas pela forma com se debruça sobre isso, acredito que também deste "assomar-se" (palavra de que gosto muito) hão-de nascer "flores e árvores".
(cheguei aqui através do blog da macaso)
4. B. on 12:40 PM
Acho que a descreveste muito bem, pelo menos senti em ti o mesmo orgulho que sinto pela minha! e como sabes não é pouco!
Beijos á mãe e ao filho extraordinário que concerteza ela sabe que tem! B.
5. macaso on 1:17 PM
Gosta de escrever? Diz-lhe que escreva algo, que te dite algo para escreveres aqui.
Sempre quis ser aquela que conseguiu plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro...
Fizeste-me sorrir com um sorriso de mãe. Obrigada.
6. colher de chá on 1:27 PM
parabéns a uma grande senhora:) parabéns à mãe de um Grande amigo.
que linda q ela parece ser, q doce, q encantadora, q delícia ver-te falar assim.
parabéns aos dois.
este post foi um docinho mesmo para todos q aqui vêm.
7. espanta_espiritos on 3:53 PM
polegar: melhor... tudo, virtudes e defeitos. eu e as letras não jogamos bem. e que é isso de espalhar em público que choro? ;)
pinky: obrigado... :)
vera: bem vinda! muitas flores e árvores para ti.
B: mães são mães, não é? ;) beijos para ti e para a tua mãe.
macaso: tu escreves, és mãe, só falta a árvore. quanto à minha... um dia quem sabe se a convenço. mas primeiro teria de lhe explicar o que é isto de blogs, internet e e-mails... aie... o euro já foi o que foi :)
colher_de_chá: obrigado pelo doce de comentário.
8. polegar on 4:06 PM
o que é bonito, é para se saber. chama-se orgulho.
disso também trata este post... mais haveria a dizer, mas guardo as palavras fechadinhas... beijo.
9. macaso on 5:24 PM
Sabes...não falta a árvore.
10. espanta_espiritos on 5:42 PM
polegar: :)
macaso: então que falta amiga?
11. macaso on 6:50 PM
Não sei...outras marcas...vou descobri-las.
12. miak on 11:08 PM
Adorei o post. Linda descrição.

a exposição ou o ccb e a festa da música

quem teve a "excelente" ideia de ir ao ccb este fim de semana não imaginou no que se ia meter.
só queria ver a exposição da senhora sul americana que sofreu um traumatismo na coluna ainda jovem mas algo de mais "grandioso" acontecia: a festa da música!
á entrada já velhinhas, betos e tias se degladiavam por bilhetes do concerto 16, 75 e 43, como quem troca cromos do mundial de 86.
e valia tudo, desde furar filas a vender bilhetes na candonga.
era ver as malas de padrão escocês com nome de perfume a abarrotar de sandes de coirato.
era ver os tios de fato feito à medida na fila para as "minis".
era ver os bernardos, marianas, afonsos, constanças e diogos a levarem chapadas ao som de: "já lhe disse para estar quieto! ouviu martin de santa maria d'orey e menezes albuquerque mouzinho silveria de bourbon????
era ver apoiantes de verdi com as montblanc de 12.000€ compradas na avenida da liberdade a escrever nas paredes das casas de banho: bach toca os allegro andantte como um herege que pratica actos contra natura! ou a mãe do chopin exercia o meretrício e o pai o lenocínio!
era ver as tias e betas com as mais recentes joias da cartier e casacos de vison russo, no mosh quando um enérgico "violinista" da moda ataca nas nocturnas de chopin (aí santana... o que a cultura ganhou contigo...).
enfim... uma orgia barroca digna de uma feira do relógio ou dos saldos de roupa interior extra larga no intermarché do cacém.

se acham que estou a exageram deviam ter ido lá.

claro que teriam de passar pela apertadíssima segurança que dois catitas da lapa faziam à porta do recinto, em busca de latas de caviar, champagne ou afins, para evitar os incidentes do passado mês na ópera de bizet, em que a vocalista levou com um par de trufas brancas na testa, por ter desafinado no coro dos ferreiros.

concerto



na sexta feira fui a um concerto e cada vez me convenço mais que estou velho.
não. não estou a falar das dores nas pernas, no sono de fim de semana de trabalho ou nos ouvidos a zumbir.
estou a falar da atitude da multdão à minha volta.
eu já fui fotógrafo no activo a quem calhavam as "estopadas" dos concertos e festivais (pois todos os colegas eram casados, namoravam, iam ao cinema, ao teatro, enfim tinham vida própria...).
e que via eu? gente aos saltos, alegre, a curtir a música, a ver o espectáculo, a enrolar charros, a beber cerveja, abanar isqueiros no ar ao som das canções mais melosas, a cantarolar as músicas ou no "mosh".
mas os tempos mudaram e hoje vai-se a um concerto por razões diferentes.
e passo a enumerar:

1) fazer fotos com o telemóvel,
2) gravar músicas com o telemóvel ou leitor de mp3 sofisticado,
3) fazer videos com o telemóvel ou mini dv ou o raio que o parta, e
4) rever durante o espectáculo as fotos e videos conseguidos na música anterior.

conclusão: estava eu feito cota de mãos nos bolsos e cigarro no canto da boca, a olhar para o palco no meio de centenas de jovens não fumadores a carregarem nos botõezinhos dos aparelhómetros feitos "cyborgues" de segunda categoria (pois não tiveram dinheiro para implantarem na testa um telémóvel de 3ª geração com acesso à internet e multimédia center).

ah! os gift fizeram um espectáculo fabuloso em que incluiram uma música de Joy Division. a primeira parte foi excelente com um grupo galego que num mesmo registo revivalista tocou uma música de smith's (no meio daquele povo todo devia haver uma ou duas pessoas que reconheceram essas duas músicas como sendo versões de grupos mais antigos. lá para a pré-história musical... antes dos mp3, telemóveis, computadores, playstation, mtv e morangos com açucar...)

sexy



altas horas da noite e o gás acaba.
sendo suburbano e conhecendo os "spots" abertos 24 horas do bairro, lá me desloco de bilha ao ombro a caminho da bomba de gasolina.
de costas cansadas pela bilha velha vazia, lá negoceio fazer um "upgrade" para o novo recipiente de gás.
mais 5€, preencher um formulário, etc... etc...
venho para casa mais ligeiro.
mas sem me sentir sexy.

será que a bilha nova só funciona com o mulherio?

sintoma

sorriso... sempre... :)



Always Look on the Bright Side of Life

Monty Python | Life of Brian (1979) | Eric Idle

Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear
and curse
When you're chewing on
life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...
And...

...always look on the bright side
of life...
(Whistle)

Always look on the light side
of life...
(Whistle)

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and
dance and sing
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle
- that's the thing.
And...always look on the bright
side of life...
(Whistle)

Come on.

Always look on the bright side
of life...
(Whistle)

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain
with a bow
Forget about your sin - give the
audience a grin
Enjoy it - it's your last chance
anyhow.
So always look on the bright side
of death
Just before you draw your
terminal breath
Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke
it's true
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh
is on you
And always look on the bright side
of life...
(Whistle)

Always look on the right side
of life...
(Whistle)

Come on Brian, cheer up.

Always look on the bright side
of life...

Always look on the bright side
of life...

Worse things happen at sea you know.

Always look on the bright side
of life...

I mean - what have you got to lose?
You know, you come from nothing
- you're going back to nothing.
What have you lost? Nothing.

Always look on the right side
of life...

dicionário II

estados de espírito destes últimos dias:

miserabilismo

do Lat. miserabili

s. m.,
estado de miserável;
tendência artística para a representação dos aspectos mais miseráveis da vida social;
por ext. descrição sórdida e mesquinha da miséria e da gente humilde;
espírito pobre, mesquinho, sórdido

pessimismo

s. m.,
opinião ou sistema dos que acham tudo péssimo;
filosofia ou sistema dos que não têm fé no progresso moral e material, na melhoria das condições sociais, na evolução para o bom e para o óptimo;
tendência natural para encarar as coisas pelo lado pior.


dispersão


do Lat. dispersione

s. f.,
acto ou efeito de dispersar;
disseminação;
debandada;
destroço;
desbarato;

cansaço

s. m.,
fadiga;
lassidão;
esgotamento;
fraqueza derivada de trabalho excessivo ou doença.


soluções:

atinar

v. tr. e int.,
executar com tino;
descobrir pelo tino;
acertar;
dar com;
encaminhar-se por algum indício.

alegria

s. f.,
contentamento;
regozijo;
satisfação;
prazer;
festa;
divertimento;
júbilo;
jovialidade;
acontecimento feliz.

optimismo

de ó(p)timo

s. m.,
sistema ou filosofia dos que têm fé no progresso moral e material da humanidade, na melhoria das condições actuais, na evolução social para o bem e para o óptimo;
disposição natural ou tendência para ver as coisas pelo lado bom, esperando sempre uma solução das situações ainda muito difíceis.

resumindo:

hangloose santinho.

dicionário

andava com uma palavra na cabeça desde ontem.

hipocrisia | s. f.

do Gr. hypocrisia, forma poética de hypócrísis, desempenho de um papel no teatro, dissimulação

s. f.,
impostura, fingimento;
manifestação de virtudes ou sentimentos que realmente se não tem.

(felizmente não se aplica a muita gente. mas a quem se aplica cai que nem uma luva!)

o filme



o papel da vida de alguém sobre a vida de alguém.
e aqui o actor não se ficou por imitar.
ele foi.
ver este filme foi um ponto de mudança.
o filme sem dúvida.

sadomasoquismo

hoje:
entreguei a carta de condução por 4 meses e fiz a funcionária pública sorrir.
desenhei um chapéu.
fiz um post.
procurei livros de teatro em prateleiras.
fiz uma surpresa.
vi teatro bem feito.
fotografei teatro.
vi um monumento de cima.
tive esperanças que a minha lomo estivesse bem.
entreguei o rolo do concurso de carnaval lomográfico.
comprei uma pinhole de papel.
namorei outras pinholes.
esqueci-me de todas as chaves.
fiquei preso na rua.
fui esperar para o colombo.
vi livros de banda desenhada.
demorei os olhos em livros de fotografia.
comprei dois livros de teatro.
comprei três rolos de 36 fotogramas.
coloquei imagens num blog.
naveguei em sites interessantes.
sofri com sites de substituição.
a bateria do portátil está a acabar.
o telefone toca.
amanhã...
voucheurs, programas, passes,...

o chapéu da discórdia



tempo: segunda para terça feira. (noite de carnaval)
local: bairro alto
evento: concurso lomo de fotografia e máscaras

eu não sou de grandes fantasias. mas a ocasião assim o exigia. escolhi na minha caixa de chapéus um que fosse facilmente identificado como máscara de carnaval.
um chapéu de aspecto militar, verde com uma tira vermelha por cima da pala e botões dourados.
a roupa... preto... a mesma que andei o dia inteiro. acessórios... uma mala muito gasta que uso todos os dias e uma lomo emprestada (que a minha precisa de doutor das lomos e só a vou levar lá esta semana...).

assim fui para o bairro alto e no meio de gueixas, cozinheiros, diabos, mergulhadores, drag queens, ornitólogos, árbitros, sadomasoquistas, louras, fantasmas, marinheiros, rastas (!?), árabes terroristas de barba façanhuda, hospedeiras/pin ups, entre outras máscaras até ia bem discreto.

o que eu não contava era com a ambiguidade da minha tentativa discreta de fantasia. primeiro os olhares curiosos ainda a caminho do bairro alto. depois no próprio bairro alto as saudaçõe militares e as gracinhas tipo: "cuidado que o senhor da autoridade te multa...". até aqui tudo bem. mas de repente alguém grita: " ó carteiro!!!!" HUMMM??? pensei eu? isto é comigo? e era. a partir daí os comentários e as conversas seguiram. catalogado como carteiro tive uma conversa com uma mulher da manutenção e um tipo que não tendo máscara o aconselhei a dizer que vinha de psicopata. no clube da esquina (e ainda como carteiro) posei para uma fotografia que uma senhora de óculos espelhados e carapinha "á lá" anos 70 me pediu para tirar. na rua fotografei uma mergulhadora que suava dentro do neoprene. na esquina seguinte alguém grita com a voz meio etilizada: " tu és o gajo do estaline... és... és..." e rua abaixo falaram-me em pseudo russo e saudaram-me com brindes "vodkianos" tipo: "nasdarovieeeeeeeeeee... ic... ic..." ao que eu respondi cantando: "de pé ó vitimas da fome...", viro a outra esquina e alguém grita: "cuidado com o sr. comandante...". na rua acima alguém me fala de gulags com ar de quem tinha estado lá e bebeu vodka marado que ainda estava a fazer efeito.
saí relativemente cedo do bairro alto porque a concenração de sangue no alcool (a troca é de propósito) da fauna local era cada vez mais baixa e a vezes que tirava o meu chapéu das cabeças de múmias, tipos altos, bêbados e quejandas personagens era cada vez mais constante.

conclusão: a minha tentativa de passar discreto foi por água abaixo e uma profunda crise de identidade espalhou-se na minha alma. mas foi divertido :).

cindy cat ao vivo no "PFM"



ontem havia lançamento de cd novo.
diz que sim que era no lux.
chegado ao recinto de dança/plateia a multidão já era gande.
nós os quatro eramos pequenos.
furámos de lado bem à "zé tuga" e arranjámos um espaço generoso em que cabiam pelo menos 8 pessoas.
com o chegar da hora apertam-se as pessoas e o espaço para 8 passa para 2 apertadas mas a convite dado não se olha o dente.
começa tudo a saltar (bem... eu não... porque torci um pé na noite anterior mas...)
e começam duas figuras a furar.
uma era o sujeito A (acima retratado). um já menos jovem pseudo freak/indie/hype acompanhado pela sujeita B (acima retratada). uma moça de idade indefinida com ar anorético.
continua o concerto e a sujeita B (que se meneava, e passo a citar algém ao meu lado que não vou dizer o nome mas que tem um blog com o nome de um dedo que começa por Po e acaba em legar: "como uma gata no cio" ao que eu sugeri a clássica pílula quinzenal dada às gatas que se encontram no mesmo estado.) resolve soltar o cabelo para alegria do sijeito A (individuo que se encontrava com ar de quem tinha tomado 5 pastilhas de ecstasy feitas com farinha mas que estavam a "bater" na mesma pois os olhos esbugalhados, o sorriso parvo e o suor não enganam.).

mas sabendo nós (e tendo como contexto toda a polémica das caricaturas do maomé...) que a liberdade de uns colide com a dos outros a alegria do sujeito A em ver a sujeita B de cabelo solto foi inversa à minha.

Para perceberem melhor imaginem que estão naquele spot em que entre ombros e cabeças se consegue ver o palco (a rapaziada e raparigada pequena percebe do que estou a falar).
que até estão a gostar da música.
e de repente vos plantam o Parque Florestal do Monsanto (PFM) mesmo em frente da cara.

é incómodo... é desagradável... há que dizer com dureza e de forma rude... bolas... caramba... que chatice! (ponto de exclamação e tudo)

a partir deste momento o concerto passou a ser um sucessão de encontrões, cotoveladas, ramos... perdão, cabelos espetados na cara.

o concerto foi muito bom apesar da falta de energia a meio. a participação do JP (ex: belle chase hotel) foi genial. a de gomo impecável. mas o parzinho, sujeito A e sujeita B, fez-me repensar todo o meu apoio a causas tão nobres como a liberalização das drogas e o abate de árvores na amazónia.

Nota: amigos ambientalistas se lerem isto desculpem lá a história do abate de árvores mas para me redimir sugiro que tentem arranjar o contacto da senhora pois se ela cortar o cabelo dá para replantar toda a área ardida de portugal nos últimos dez anos...

portas



esta semana bati a tantas portas que ando cansado.
umas respostas foram positivas.
outras assim assim.
outras nem por isso.
resultado final: missão cumprida.
o problema é que estão para chegar mais e já não tenho forças nem paciência.
ficam contudo na calha dois projectos futuros que espero ter força e tempo para agarrar.

"as 5 manias" ou "o desafio"

o repto foi lançado aqui
e eu como não sou de me ficar quieto quando há desafios, deixo aqui algumas manias/defeitos/feitios/maneirismos que me caracterizam.

para espanto e alegria das audiências aqui começa "a lista":

1) vestir de preto (por perguiça... combinar cores não é coisa de gajo... além do mais vestir de uma só cor é prova que uma pessoa é compulsiva/obssessiva)

2) ser muito organizadinho (por tudo em caixinhas, saquinhos, frasquinhos, direitinho. dizem que é apanágio dos psicopatas e serial killers... já agora: onde anda o frasquinho com as orelhas??? ora bolas... onde é que o coloquei??? )

3) usar cadernos para tudo e para nada (tb comportamento obssessivo... ai... querem ver... )

4) dormir de óculos (sinal de velhice. é que já não aguento noitadas a ver tv ou a ler livros)

5) morder a pontas dos bigodes quando por desleixo (com a desculpa do estilo neo-hippie) deixo crescer a barba.

6) chamar "santinhas/os" e "amiguinhos/as" a todas as pessoas.

7) fazer trocadilhos com as palavras. (uma juventude perdida a ver as séries dos monthy e quejandos... devia ter estudado mais para não andar a trabalhara recibos verdes é o que é...)

8) materialismo sentimental ou a mania de coleccionar (pois... guardar tudo lapiseiras do secundário, caderninhos velhos, folhetos, bilhetes, cartas de jogar, pedras, paus, etc, etc, etc... olha... oureo comportamento obssessivo... lindo serviço...)

9) nunca me irritar com nada. (excepto quando a coisa fica preta e aí "passa-se-me uma coisa p'la vista..." mas foram tão poucas que se contam pelos dedos de uma mão. [nota: é nesta altura que adquiro exemplares para a minha colecção de orelhas que está catalogadinha dentro de um frasquinho...])

bom... continuava a noite toda... mas tenho mais que fazer.

se alguém quiser acrescentar alguma coisinha a esta lista esteja à vontade (mas não se esqueçam da colecção de orelhas... ahahahahahahahahahahahahahahahahahah!)

fim de dia

"a" peça



simples, doce, hilariante, alentejo, enternecedora, nostálgica.
estava no são luiz.
espero que não seja um adeus.
um até "à manhã".
assim fica-se com vontade de pisar o palco de novo.
para contar uma história assim.
...
quem sabe.

neve na grande lisboa



daqui a 52 anos cá te espero mas com a máquina fotográfica por perto e sem italianos para ir buscar ao aeroporto.

encontrou


[ss]

ás 8.00 da manhã ouvia-se ao longe uns miados fortes e aflitos.
ás 8.10 eram insuportáveis.
abro a porta e em cima do tapete um gato.
não se fez rogado e entrou.
miava e cheirava.
escolheu um canto escuro e lá ficou.
bem... tijela de leite certo?
estava cheia de fome.
ida ao supermercado para arranjar comida e areia.
uma caixa com um lençol velho.
outra caixa para a areia.
duas tijelas para água e comida.
começou ás marradinhas ás pernas e pedia festas.
é gato ou gata?
é gata! (quase uma citação de Federico Garcia Lorca)
e lá ficou.
acabei de fazer um poster para saber se tem dono.
mas não me apetecia ficar sem ela.

janeiro a março



42 jovens europeus x dezenas de documentos + 42 estágios x problemas ao quadrado = ?

trânsito matinal



ia eu no trânsito matinal, voando baixinho entre espelhos e caixas de metal quando um ponto azul me chama a atenção lá ao longe.
era um balão.
dançava entre as rodas dos carros.
subia, descia, virava à esquerda e à direita.
bailava como um saco de plástico ao vento.
quando me aproximei brincou comigo.
fingiu que ia para a direita e subiu para a esquerda.
fiquei a vê-lo enquanto pude no espelho da mota.
o balão estava feliz.

eu na cidade


[clicar na imagem para ver maior]

# 12



522 idas ao menu iniciar
642 tentativas de ligar o programa
2696 ligar e desligar o modem
2.000.012 luzes azuis a piscar
3.223.001 luzes verdes a piscar
1.654.378 luzes vermelhas
2.349 idas ao painel de controle
5.098 idas ao menu ligações de rede
1 desinstalar e instalar o programa
5 "pode aguardar um momento por favor?"
5 "agradeço o tempo de espera"
5 audições da música oficial da companhia em ALTO SOM
2 telefonemas
tempo total do primeiro telefonema (28 minutos)
tempo total do segundo telefonema (1 h 46 minutos)
custo: zero (ao menos isso...)

solução:

operador: "pode dirigir-se à nossa assistência técnica em A.?"
cliente: "se quero o problema resolvido tem de ser não é?"
operador: "ahhhhh...."
cliente: bem... eu vou lá quando limpar as teias de aranha e conseguir desenraizar os pés do solo... (parte ficcionada)

conclusão: Kanguru - Dê o salto em frente, mas não muito alto pois pode perder a ligação e ter de rastejar até à assistência técnica.

# 10


[clicar na imagem para ver maior]

# 9 . trabalho

vou fazer melhor.