porquê?

porque é que raio, todas as noites em Lisboa, máquinas diabólicas enchem as bermas das estradas, os empedrados e os carris de eléctrico de água, em nome da limpeza urbana?
o serviço não parece mau, mas o excesso de água provoca alguns problemas:

1) desperdício de MUITA, MUITA, MUITA água;

2) banhos de água suja ao motociclistas e pedestres,

3) perigo de deslizes e despistes, quer para carros quer para motas.

enfim... um dia, se por algum acaso, tiver a infelicidade de escorregar num desses rios urbanos com a minha mota (espero e desejo que não), posso ficar magoado, mas sei que Lisboa estará mais limpa.

moby dick


Para que fique claro:

1) trabalhei como fotógrafo e webdesigner para esta peça e
2) tenho amigos no elenco.

Logo não posso fazer uma crítica isenta.

Ficam as informações aqui.

não gosto

de vedetas de egos grandes.
de egos grandes em geral.
de pessoas umblicais.
de pessoas que não respeitam os outros.

eu gosto e recomendo

sou um vendido. gosto sempre das peças deles. percebo a linguagem. admiro a originalidade.
só por isso recomendo. e prontos...

MEDEIA

Assassinato, carnificina, crueldade, sofrimento, humilhação, engano, lascívia, fúria, desespero,vingança e tragédia são alguns dos ingredientes desta comédia negra de arrepiante hediondez representada pela Companhia Paulo Ribeiro e pela Companhia do Chapitô neste (re)contar do conhecido mito Grego.

Encenação: John Mowat

Interpretação: José Carlos Garcia | Jorge Cruz | Leonor Keil | Marta Cerqueira

11 Janeiro a 25 Fevereiro
Quinta a Domingo 22h

eu na tv



durante o verão fui assistente de produção estagiário de uma série para a RTP.
foi um verão de má memória.
mas deu para pagar as contas.
um dos dias de gravação em lisboa estendeu-se mais que o normal e eis que os figurantes vão embora.
eram 6.00 da manhã e ainda não tinham gravado.
começa a procura frenética de figurantes.
dizem-me: tu vais e vais de fotógrafo.
e assim foi.
aqui está a prova que qualquer badameco pode aparecer na tv.
eu apareci.
e não foi como testemunha de um acidente.
foi como fotógrafo...
curioso...
é esse o meu trabalho... LOLOLOL

o lago dos cisnes - CNB

eu não sou grande fã de ballet.
não percebo a linguagem mas faço um esforço.
um tipo não pode morrer estúpido por isso fui ver o lago dos cisnes.
estava anunciado com elenco de luxo e com boas críticas.
prometia ser um excelente serão e uma bela estreia, da minha parte, num bailado clássico completo e sem máquina na cara.
e o resultado foi bom.
bonitinho. bem dançado.
mas houve uns pormenores que não gostei.
odiei o cenário... parecia de uma festa de escola em que as crianças não têm muito jeito para a pintura.
e não compreendi de todo a mudança de elenco (será assim que se diz?).
é que estava anunciado em todo o lado que a bailarina principal era a Ana Lacerda.
uma senhora que é extraordinária (segundo os entendidos), que tem críticas excelentes na imprensa especializada e que segundo ela própria, termina a carreira este ano de 2007.
tudo razões para querer ver.
mas chegado lá, uma errata no programa anuncia a mudança de meio elenco.
para mim que não percebo nada disto é uma fraude.
é tipo pagar um bilhete para ir ver um concerto de... por exemplo... xutos e pontapés e quando chego lá afinal quem toca são os pólo norte ou os delfins... quer dizer...
tá mal...

"semanita du best"

aquilo do ano novo vida nova parece que é mesmo assim.
depois de alguns meses "entre projectos" (maneira elegante que o pessoal dos trabalhos criativos usa para dizer que está desempregado...) esta semana foi de loucos.

"primeiramente": a minha estreia no nobre Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.
é como substituto (e logo do melhor e mais experiente actor desta peça... ai...), é certo, mas sabe bem contar histórias de novo.
entre falhas de texto e de marcação a coisa vai indo pelo melhor.
espero eu.

segundamente: eu sou fotógrafo. as pessoas à minha volta sabem que sou fotógrafo. mas não acreditam em mim...
até que um belo dia a tragédia se dá: o fotógrafo oficial dos espectáculos vai "bater umas chapas" e a coisa corre mal.
é certo que a produção poupou uns euritos mas o resultado foi sofrível. lá se lembram de mim. o eterno substituto. sou barato e não chateio muito. pode ser que resulte. as vedetas torcem o nariz e barafustam. o director de produção pergunta-me de 2 em 2 minutos se há luz. e eu inspiro para não desesperar. começa a peça. clic... clic... clic... de repente estou (com autorização do encenador) no palco a fotografar uma cena. clic.. clic... clic... intervalo. ainda bem que o cartão está cheio. todos perguntam: está tudo bem? estás com uma cara... eu sou assim a trabalhar. recomeça. clic... clic... clic... clic... há estrelas que se fazem à foto e eu não faço a vontade. clic... clic... clic... acaba. correu bem? perguntam. respondo: agora é só escolher.
no dia seguinte vem o director de produção ver o resultado. a seguir o encenador. o último dá-me os parabéns. o primeiro arregala os olhos. durante a tarde as vedetas passam por mim e cumprimentam-me. há um que até me dá um aperto de mão. dizem que já ouviram dizer que as fotos estão boas.
eu sou fotógrafo e é isso que sei fazer bem.
aprendam a lição senhores.
lembrem-se de mim em primeiro lugar.
poupavam muitas crises.
e obrigado P. pelo teu apoio.